sexta-feira, 18 de abril de 2014

Por que a Globo acabou com o programa Linha Direta?

Quando ouço ou leio alguma autoridade falar sobre violência, eu ligo a antena da desconfiança e procuro saber se há sinceridade no que diz. De ordinário, trata-se apenas de falácias; de discursos que no popular chama-se conversa para encher miolo de pote – e como pote não tem miolo, então haja conversa.

E muita gente se deixa levar; muita gente acredita na competência e, principalmente, na dedicação da autoridade em controlar a violência – que se espalhou pelo País feito praga e não há mais segurança para a população na rua ou dentro de casa; no campo ou na cidade.

O poder público federal, estadual e municipal perdeu a moral, o espaço e o controle; até agora a única ação realmente eficaz veio com a iniciativa privada, mais precisamente com a Rede Globo, que lançou o programa Linha Direta apresentado pelo jornalista Domingos Meireles.

Crimes praticados há vinte anos e que estavam impunes foram desvendados e criminosos que estavam em liberdade, porque a polícia nunca os localizava, foram presos. Bastava sair no Linha Direta e o crime era esclarecido;o criminoso era preso e a lei, finalmente, era aplicada. Uma beleza!

Mas, pasmem os amigos internautas, sabem o motivo de o Linha Direta ter sido retirado do ar? É que o programa estava escancarando a falência da polícia brasileira e o jornalista Domingos Meireles estava se transformando no mais eficiente, no mais decente e no mais competente delegado de polícia do País – e a Globo, com o seu poderio, estava se transformando na delegacia de polícia do sonho de toda a sociedade. E aí os bandidos de gravata e capital, que nunca se dão mal, entraram em pânico porque poderiam finalmente ser presos.

E assim o Linha Direta, a delegacia com os policiais (repórteres, cinegrafistas, produtores, iluminadores e motorisas)  mais eficientes da história recente do País foram deletados.
No lugar da realidade entrou a ficção e, agora, a Globo exibe a novela dos policiais caçando policiais –  que pode ser o tiro saindo pela culatra, porquanto é ficção muito próxima da realidade. E sendo assim, as víceras podres da segurança pública no País continuam sendo exibidas quinta-feira à noite à sociedade – que pode agora explicar pela ficção, a realidade do cotidiano nacional: como uma polícia que primeiro precisa combater a violência dentro da própria casa, pode cuidar da segurança da vida humana e do patrimônio público?

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