Política é a arte sagrada de construir jardins, existem
políticos por vocação e por profissão.
Quando a Política é exercida por Profissão, pelo ganho que dela provém , surgem
os Gigolôs, que são verdadeiros parasitas que se instalam no poder ( neste caso
vamos ter os leões de chácara, que defendem seu dono, sua dona, visando o lucro
que dali poderão obter ).
Assim a comunidade, a sociedade, o País, O Mundo perde a poesia, e surgem todo
tipo de gigolôs, cada qual tendo o seu preço.
No contraponto podemos encontrar os Políticos Jardineiros,
que cuidam do bem público em beneficio de todos, neste caso são aqueles que
amam o que fazem.
A merendeira que capricha no tempero , o médico que atende o paciente como
gente, o professor que transforma suas aulas em obras de arte dignas de filmes
ganhadores de Oscar, policiais que protegem todos sem diferenciar a classe
social, o vereador que luta por conquistas sociais …
Já os gigolôs querem ganhar, não importa como, a merendeira que odeia comida, o
médico que odeia pacientes pobres, o professor que detesta crianças e
adolescentes, o policial que desrespeita os mais elementares direitos humanos,
o vereador que está mais preocupado em colocar nomes de ruas, e empregar
familiares ou obter mais um cargo.
E o Povo ????
Neste caso vale citar Rubem Alves:
” Mas uma das características do povo
é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens
e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de
imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista
que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam
a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche confiavam
no povo.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung,
o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.”
Texto adaptado: Por Marcio Filósofo