sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Cavalo de Tróia realmente existiu?

Ninguém sabe ao certo, mas provavelmente não. Evidências sobre a existência da cidade de Tróia e sobre uma guerra entre ela e os gregos até já foram encontradas, mas sobre o lendário cavalo, nada. Entretanto, essa história é tão boa que conquistou até Hollywood: no filme Tróia, o eqüino mitológico divide as atenções com o astro Brad Pitt. O artifício grego de construir um enorme cavalo de madeira, recheá-lo de soldados e abandoná-lo diante das muralhas de Tróia é descrito em detalhes no poema épico Eneida, do poeta latino Virgílio. Ele conta como os gregos, fingindo abandonar a guerra, retiraram-se para uma ilha próxima, deixando o cavalo como oferenda a Atena, deusa protetora de Tróia. Os troianos acolheram o presente e, durante a noite, os guerreiros que estavam dentro dele abriram as portas da cidade para a entrada do exército grego, que massacrou os rivais. Outros relatos sobre essa fantástica história são atribuídos ao poeta Homero, mas a própria existência do escritor como personagem histórico é incerta. Se o cavalo de fato existiu, deve ter sido construído por volta do ano 1250 a.C., quando teria ocorrido a famosa guerra, no litoral oeste da atual Turquia. "Vários sítios da atual costa turca foram destruídos entre os séculos 12 e 13 a.C. Ou seja, os poemas reduzem a uma cidade acontecimentos que abalaram toda a região na época", diz a historiadora Maria Cristina Kormikiaria, da Universidade de São Paulo (USP). Real ou não, o Cavalo de Tróia teve um papel fundamental. "Ele foi um símbolo de guerra importante para os gregos. Há quem se refira a ele como o primeiro tanque de guerra da humanidade", diz outra historiadora, Margarida Maria de Carvalho, da Unesp de Franca (SP).

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Filosofar é Preciso

Na juventude, não devemos hesitar em filosofar; na velhice, não devemos deixar de filosofar. Nunca é cedo nem tarde demais para cuidar da própria alma. Quem diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de filosofar, parece-se ao que diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de ser feliz. Jovens ou velhos, devemos sempre filosofar; no último caso, para rejuvenescermos ao contato do bem, pela lembrança dos dias passados, e no primeiro, para sermos, embora jovens, tão firmes quanto um ancião diante do futuro. É mister, pois, estudar os meios de adquirir a felicidade; quando a temos, temos tudo; quando a não temos, fazemos tudo por adquiri-la. 

Epicuro, in "A Conduta na Vida"

Origem do nome Política


Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos,a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados". O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

Por Marcio Filósofo

quinta-feira, 21 de novembro de 2013


Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mitologia grega: A caixa de Pandora

Pandora

Na mitologia grega, Pandora ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os deuses") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.

Origem

Pandora era a filha primogênita de Zeus que, aos 9 anos de idade, recebeu de presente de seu pai o colar usado por Prometeu que foi retirado dele ao pagar a sua pena por roubar o fogo dos deuses. Pandora, então, arranjou uma caixa para pôr seu colar, a mesma caixa em que ela guardou a sua mente e as lembranças de seu primeiro namorado, cujo nome era Narciso. A caixa podia apenas guardar bens de todo o tipo, com exceção de bens materiais. Como o colar era um bem material, ele se auto-destruiu.
Para Pandora o colar tinha valor sentimental, o que a fez chorar por muitos dias seguidos sem parar. Como a caixa guardava lembranças com a intenção de sempre recordar-las ao "dono", Pandora sempre se sentia triste. Tentou destruir a caixa para ver se ela se esquecia do fato, mas não funcionou, a caixa era fruto de um grande feitiço, que a impedia de ser destruída. Pandora então, aos 36 anos, se matou. Não aguentou viver mais de 27 anos com aquela "maldição".
 Caixa de Pandora
A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle. Esta expressão vem do mito grego, que conta sobre a caixa que foi enviada com Pandora a Epimeteu.

Pandora foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente de Zeus. Prometeu, antes de ser condenado a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutre Éton todos os dias,alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar presentes de Zeus.


Epimeteu, no entanto, ignorou a advertência do irmão e aceitou o presente do rei dos deuses, tomando Pandora como esposa. Pandora trouxe uma caixa (uma jarra ou ânfora, de acordo com diferentes traduções), enviada por Zeus em sua bagagem. Epimeteu acabou abrindo a caixa, e liberando os males que haveriam de afligir a humanidade dali em diante: a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão. No fundo da caixa, restou a Esperança (ou segundo algumas interpretações, a Crença irracional ou Credulidade). Com os males liberados da caixa, teve fim a idade de ouro da humanidade.

Interpretação

Pode-se perguntar quanto ao sentido desta lenda: por que uma caixa, ou jarra, contendo todos os males da humanidade conteria também a Esperança? Na Ilíada, Homero conta que, na mansão de Zeus, haveria duas jarras, uma que guardaria os bens, outra os males. A Teogonia de Hesíodo não as menciona, contentando-se em dizer que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura. Hesíodo descreve Pandora como um "mal belo" (καλὸν κακὸν/kalòn kakòn).

O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos deuses).


A razão da presença da Esperança com os males deve ser procurada através de uma tradução mais acurada do texto grego. A palavra em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida como a espera de alguma coisa; pode ser traduzida como esperança, mas essa tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional. Graças ao fechamento por Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.


Eles não viveriam o temor perpétuo dos males por vir, tornando suas vidas possíveis. Prometeu se felicita assim de ter livrado os homens da obsessão com a própria morte. Uma outra interpretação ainda sugere que este último mal é o de conhecer a hora de sua própria morte e a depressão que se seguiria por faltar a esperança.


Um outro símbolo está inserido neste mito. A jarra (pithos) nada mais é que uma simples ânfora: um vaso muito grande, que serve para guardar grãos. Este vaso só fica cheio através do esforço, do trabalho no campo, seu conteúdo então simboliza a condição humana. Por conseqüência, será a mulher que a abrirá e a servirá, para alimentar a família.


Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Deus, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.


A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.


Por Marcio Filósofo

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O QUE IMPORTA!


Mude, cresça, não pelos outros, mas por você mesmo. Lute, continue, acredite, não se renda tão facilmente aos obstáculos impostos pela sociedade, quando você quer, sonha e acredita verdadeiramente, seus sonhos podem se tornar realidade. Não abaixe a cabeça em uma derrota, saiba ser humilde e se desculpar nas horas certas. Saiba agradecer a todos aqueles que te ajudaram a chegar onde você está agora. Nunca deixe que os pensamentos ou as palavras de pessoas alheias te prejudiquem, o que realmente importa é a opinião daqueles que te amam, afinal são eles que sabem dos seus segredos e que te aturam o tempo inteiro e aqueles que te julgam sem conhecer, certamente têm seus argumentos baseados em boatos inventados para te prejudicar.


O CAMINHO DA VIDA

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.



Charles Chaplin

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Excesso de Informação e a Ignorância



O excesso de abundância de informação pode fazer do cidadão um ser muito mais ignorante. Eu explico. Acho que as possibilidades tecnológicas para desenvolver a massificação da informação têm sido muito rápidas. No entanto, o cidadão não dispõe dos elementos e da formação adequados para saber escolher e selecionar  o que leva a que ande perdido nessa selva. Precisamente, nesse desnível é onde se dá a instrumentalização em prejuízo do indivíduo e, portanto, a desinformação. 

José Saramago, in 'La Jornada (2004)'

sábado, 9 de novembro de 2013

A história secreta da renúncia de Bento XVI

TV Vaticano
Paris - Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. 


Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. 



O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. 



A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. 



Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. 



Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. 



Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. 



João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. 



Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. 



Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. 



Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema. 




Tradução: Katarina Peixoto

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quantos papas a Igreja Católica já teve em sua história?


Confira a lista com todos os papas da Igreja Católica; veja quantos papas já existiram desde São Pedro e quais foram os nomes mais adotados

Bento XVI decidiu renunciar ao posto de líder mundial da Igreja Católica e deixa o cargo neste dia 28 de fevereiro de 2013. Aos 85 anos, o terceiro papa mais velho da história - atrás apenas de Leão XII, que morreu aos 93 anos, e Clemente X, que chegou aos 86 anos - alegou que sua condição de saúde já não é adequada para o exercício das funções. Joseph Ratzinger é o 265º papa da Igreja Católica, e o primeiro a renunciar desde Gregório XII, em 1415.

Qualquer homem católico pode ser eleito Papa? Veja curiosidades

O primeiro papa na Igreja Católica foi São Pedro, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. Nascido em 10 a.C, Simão Pedro exerceu seu pontificado entre os anos 30 e 67. Ele é considerado o fundador, com São Paulo, da Igreja. O cargo de primeiro papa, porém, só foi dado a Pedro muitos anos depois: tal título começou a ser usado apenas cerca de dois séculos mais tarde.




Bento é o segundo nome papal mais frequente, junto com Gregório: ambos foram usados 16 vezes até 2013. O nome mais adotado entre os pontífices é João, utilizado por 23 papas diferentes. No entanto, há algumas lacunas nesses casos: nunca houve um João XX, e João XVI e Bento X são considerados antipapas pela Igreja Católica - não constando, assim, na lista sucessória de papas.
Durante um período na história, houve mais de um papa reivindicando poder sobre a Igreja: foi o Grande Cisma do Ocidente, uma crise religiosa que ocorreu na Igreja Católica de 1378 a 1417. Nessa época, houve um papa em Roma e outro em Avignon, na França - posteriormente, também em Pisa, na Itália, haveria outro religioso afirmando ser o legítimo líder da cristandade. Quando o cisma terminou, o papado foi estabelecido definitivamente em Roma e os demais pontífices do período foram declarados antipapas. Confira nas tabelas abaixo o nome de cada pontífice, seu local de nascimento e duração do papado, divididos de acordo com o século em que foi iniciado.
Século 1
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
São PedroBetsaida, papa de 30 a 67 
São Lino Túscia, papa de 67 a 76 
Santo AnacletoRoma, papa de 76 a 88 
São Clemente IRoma, papa de 88 a 97 
Santo EvaristoGrécia, papa de 97 a 105 
Século 2
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Santo Alexandre IRoma, papa de 105 a 115 
São Sisto IRoma, papa de 115 a 125 
São TelésforoGrécia, papa de 125 a 136 
Santo HiginoGrécia, papa de 136 a 140 
São Pio IAquiléia, papa de 140 a 155 
Santo AnicetoSíria, papa de 155 a 166 
São SoteroCampânia, papa de 166 a 175 
Santo EleutérioEpiro, papa de 175 a 189 
São Vitor IÁfrica, papa de 189 a 199 
São ZeferinoRoma, papa de 199 a 217 
Século 3
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
São Calisto IRoma, papa de 217 a 222 
Santo Urbano IRoma, papa de 222 a 230 
São PoncianoRoma, papa de 230 a 235 
Santo AnteroGrécia, papa de 235 a 236 
São FabianoRoma, papa de 236 a 250 
São CornélioRoma, papa de 251 a 253 
São Lúcio IRoma, papa de 253 a 254 
Santo Estevão IRoma, papa de 254 a 257 
São Sisto IIGrécia, papa de 257 a 258 
São Dionísiopapa de 259 a 268 
São Félix IRoma, papa de 269 a 274 
Santo EutiquianoLuni, papa de 275 a 283 
São CaioDalmácia, papa de 283 a 296 
São MarcelinoRoma, papa de 296 a 304 
Século 4
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
São Marcelo IRoma, papa de 308 a 309 
Santo EusébioGrécia, papa de 309 a 309 
São MelquíadesÁfrica, papa de 311 a 314 
São Silvestre IRoma, papa de 314 a 335 
São MarcosRoma, papa de 336 a 336 
São Júlio IRoma, papa de 337 a 352 
Libério Roma, papa de 352 a 366 
São Dâmaso IEspanha, papa de 366 a 384 
São SirícioRoma, papa de 384 a 399 
Santo Anastácio IRoma, papa de 399 a 401 
Século 5
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Santo Inocêncio IAlbano, papa de 401 a 417 
São ZósimoGrécia, papa de 417 a 418 
São Bonifácio IRoma, papa de 418 a 422 
São Celestino ICampânia, papa de 422 a 432 
São Sisto IIIRoma, papa de 432 a 440 
São Leão MagnoTúscia, papa de 440 a 461 
Santo HilárioSardenha, papa de 461 a 468 
São SimplícioTivoli, papa de 468 a 483
São Félix III (II)*Roma, papa de 483 a 492
São Galásio IÁfrica, papa de 492 a 496 
Anastácio IIRoma, papa de 496 a 498 
São SímacoSardenha, papa de 498 a 514 
*Félix II (papa de 355 a 365) é considerado um antipapa e não figura na lista de pontífices. 
Século 6
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
São HormisdasFrosinone, papa de 514 a 523 
São João ITúscia, papa de 523 a 526 
São Félix IV (III)Sâmnio, papa de 526 a 530 
Bonifácio IIRoma, papa de 530 a 532 
João IIRoma, papa de 533 a 535 
Santo Agapito IRoma, papa de 535 a 536 
São SilvérioCampânia, papa de 536 a 537 
Vigílio Roma, papa de 537 a 555 
Pelágio IRoma, papa de 556 a 561 
João IIIRoma, papa de 561 a 574 
Bento IRoma, papa de 575 a 579 
Pelágio IIRoma, papa de 579 a 590 
São Gregório IRoma, papa de 590 a 604 
Século 7
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Sabiniano Túscia, papa de 604 a 607 
Bonifácio IIIRoma, papa de 607 a 608 
São Bonifácio IVMarsi, papa de 608 a 615 
São Adeodato IRoma, papa de 615 a 618 
Bonifácio VNápoles, papa de 619 a 625 
Honório ICampânia, papa de 625 a 638 
SeverinoRoma, papa em 640
João IVDalmácia, papa de 640 a 642 
Teodoro IGrécia, papa de 642 a 649 
São Martinho ITodi, papa de 649 a 655 
Santo Eugênio IRoma, papa de 654 a 657 
São VitalianoSegni, papa de 657 a 672 
Adeodato IIRoma, papa de 672 a 676 
Dono Roma, papa de 676 a 678 
Santo ÁgatoSicília, papa de 678 a 681 
São Leão IISicília, papa de 682 a 683 
São Bento IIRoma, papa de 684 a 685 
João VSíria, papa de 685 a 686 
CônonTrácia, papa de 686 a 687 
São Sérgio ISíris, papa de 687 a 701 
Século 8
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
João VIGrécia, papa de 701 a 705 
João VIIGrécia, papa de 705 a 707 
SisínioSíria, papa de 707 a 708 
Constantino ISíria, papa de 708 a 715 
São Gregório IIRoma, papa de 715 a 731 
São Gregório IIISíria, papa de 731 a 741 
São ZacariasGrécia, papa de 741 a 752 
Estevão IIRoma, papa de 752 a 757 
São Paulo IRoma, papa de 757 a 767 
Estevão IIIRoma, papa de 768 a 772 
Adriano IRoma, papa de 772 a 795 
São Leão IIIRoma, papa de 795 a 816 
Século 9
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Estevão IVSicília, papa de 816 a 817 
São Pascoal IRoma, papa de 817 a 824 
Eugênio IIRoma, papa de 824 a 827 
Valentim IRoma, papa de 827 a 827 
Gregório IVRoma, papa de 827 a 844 
Sério IIRoma, papa de 844 a 847 
São Leão IVRoma, papa de 847 a 855 
Bento IIIRoma, papa de 855 a 858 
São Nicolau IRoma, papa de 858 a 867 
Adriano IIRoma, papa de 867 a 872 
João VIIIRoma, papa de 872 a 882 
Mariano IGellese, papa de 882 a 884 
Santo Adriano IIIRoma, papa de 884 a 885 
Estevão VRoma, papa de 885 a 891 
Formoso Óstia, papa de 891 a 896 
Bonifácio VIRoma, papa de 896 a 896 
Estevão VIRoma, papa de 896 a 897 
Romano Gallese, papa de 897 a 897 
Teodoro IIRoma, papa de 897 a 897 
João IXTivoli, papa de 898 a 900 
Bento IVRoma, papa de 900 a 903 
Século 10
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Leão VÁrdea, papa em 903
Sérgio IIIRoma, papa de 904 a 911 
Anastácio IIIRoma, papa de 911 a 913 
Lando Sabina, papa de 913 a 914 
João XTossignano, papa de 914 a 928 
Leão VIRoma, papa de 928 a 928 
Estevão VIIRoma, papa de 929 a 931 
João XIRoma, papa de 931 a 935 
Leão VIIPavia, papa de 936 a 939 
Estevão VIIIRoma, papa de 939 a 942 
Marino IIRoma, papa de 942 a 946 
Agapito IIRoma, papa de 946 a 955 
João XIIRoma, papa de 955 a 964 
Leão VIIIRoma, papa de 963 a 965 
Bento VRoma, papa de 964 a 966 
João XIIITúscia, papa de 965 a 972 
Bento VIRoma, papa de 973 a 974 
Bento VIIRoma, papa de 974 a 983 
João XIVRoma, papa de 983 a 984 
João XVRoma, papa de 985 a 996 
Gregório VSaxônia, papa de 996 a 999 
Silvestre IIAlvérnia, papa de 999 a 1003 
Século 11
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
João XVIIRoma, papa de 1003 a 1004 
João XVIIIRoma, papa de 1004 a 1009 
Sérgio IVRoma, papa de 1009 a 1012 
Bento VIIITúscia, papa de 1012 a 1024 
João XIXTúscia, papa de 1024 a 1032 
Bento IXTúscia, papa de 1032 a 1045 
Silvestre IIIRoma, papa em 1045
Bento IX (2ª vez)Túscia, papa em 1045
Gregório VIRoma, papa de 1045 a 1046 
Clemente IISaxônia, papa de 1046 a 1047 
Bento IX (3ª vez)Túscia, papa de 1047 a 1048 
Dâmaso IIBaviera, papa de 1048 a 1049 
São Leão IXEgisheim-Dagsburg, papa de 1049 a 1055 
Vitor IIDolinstein-Hirschberg, papa de 1055 a 1057 
Estevão XLorena, papa de 1057 a 1059 
Nicolau IIBorgonha, papa de 1059 a 1061 
Alexandre IIMilão, papa de 1061 a 1073 
São Gregório VIITúscia, papa de 1073 a 1085
Beato Vitor III Benevento, papa de 1086 a 1087 
Beato Urbano IIFrança, papa de 1088 a 1099 
Pascoal IIRavena, papa de 1099 a 1118 
Século 12
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Gelásio IIGaeta, papa de 1118 a 1119 
Calisto IIBorgonha, papa de 1119 a 1124 
Honório IIFagnano, papa de 1124 a 1130 
Inocêncio IIRoma, papa de 1130 a 1143 
Celestino IICastelo, papa de 1143 a 1144 
Lúcio IIBolonha, papa de 1144 a 1145 
Beato Eugênio IIIPisa, papa de 1145 a 1153 
Anastácio IVRoma, papa de 1153 a 1154 
Adriano IVInglaterra, papa de 1154 a 1159 
Alexandre IIISiena, papa de 1159 a 1181 
Lúcio IIILucca, papa de 1181 a 1185 
Urbano IIIMilão, papa de 1185 a 1187 
Gregório VIIIBenevento, papa em 1187
Clemente IIIRoma, papa de 1187 a 1191 
Celestino IIIRoma, papa de 1191 a 1198 
Inocêncio IIIAnagni, papa de 1198 a 1216 
Século 13
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Honório IIIRoma, papa de 1216 a 1227 
Gregório IXAnagni, papa de 1227 a 1241 
Celestino IVMilão, papa em 1241
Inocêncio IVGênova, papa de 1243 a 1254 
Alexandre IVAnagni, papa de 1254 a 1261 
Urbano IVTroyes, papa de 1261 a 1264 
Clemente IVFrança, papa de 1265 a 1268 
Beato Gregório XPlacência, papa de 1271 a 1276 
Beato Inocêncio VSavóia, papa de 1276 a 1276 
Adriano VGênova, papa em 1276
João XXIPortugal, papa de 1276 a 1277 
Nicolau IIIRoma, papa de 1277 a 1280 
Matinho IVFrança, papa de 1281 a 1285 
Honório IVRoma, papa de 1285 a 1287 
Nicolau IVAscoli, papa de 1288 a 1292 
São Celestino VIsérnia, papa de 1294 a 1294 
Bonifácio VIII Anagni, papa de 1294 a 1303 
Século 14
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Beato Bento XITreviso, papa de 1303 a 1304 
Clemente VFrança, papa de 1305 a 1314 
João XXIICahors, papa de 1316 a 1334 
Bento XIIFrança, papa de 1335 a 1342 
Clemente VIFrança, papa de 1342 a 1352 
Inocêncio VIFrança, papa de 1352 a 1362 
Bento Urbano VFrança, papa de 1362 a 1370 
Gregório XIFrança, papa de 1370 a 1378 
Grande Cisma do Ocidente - papas romanos
Urbano VINápoles, papa de 1378 a 1389 
Bonifácio IXNápoles, papa de 1389 a 1404 
Século 15
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Inocêncio VIISulmona, papa de 1404 a 1406 
Gregório XIIVeneza, papa de 1406 a 1415 
Papas depois do Grande Cisma
Martinho VRoma, papa de 1417 a 1431 
Eugênio IVVeneza, papa de 1431 a 1447 
Nicolau VSarzana, papa de 1447 a 1455 
Calisto IIIValência, papa de 1455 a 1458 
Pio IISiena, papa de 1458 a 1464 
Paulo IIVeneza, papa de 1464 a 1471 
Sisto IV Savona, papa de 1471 a 1484 
Inocêncio VIIIGênova, papa de 1484 a 1492 
Alexandre VIValência, papa de 1492 a 1503 
Século 16
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Pio IIISiena, papa em 1503
Júlio IISavona, papa de 1503 a 1513 
Leão XFlorença, papa de 1513 a 1521 
Adriano VIUltrecht, papa de 1522 a 1523 
Clemente VIIFlorença, papa de 1523 a 1534 
Paulo IIIRoma, papa de 1534 a 1549 
Júlio IIIRoma, papa de 1550 a 1555 
Marcelo IIMontepulciano, papa em 1555
Paulo IVNápoles, papa de 1555 a 1559 
Pio IVMilão, papa de 1559 a 1565 
São Pio VBosco, papa de 1566 a 1572 
Gregório XIIIBolonha, papa de 1572 a 1585 
Sisto VGrottammare, papa de 1585 a 1590 
Urbano VIIRoma, papa em 1590
Gregório XIVCremona, papa de 1590 a 1591 
Inocêncio IXBolonha, papa em 1591
Clemente VIIIFlorença, papa de 1592 a 1605 
Século 17
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Leão XIFlorença, papa em 1605
Paulo VRoma, papa de 1605 a 1621 
Gregório XVBolonha, papa de 1621 a 1623 
Urbano VIIIFlorença, papa de 1623 a 1644 
Inocêncio XRoma, papa de 1644 a 1655 
Alexandre VIISiena, papa de 1655 a 1667 
Clemente IXPistoia, papa de 1667 a 1669 
Clemente XRoma, papa de 1670 a 1676 
Beato Inocêncio XIComo, papa de 1676 a 1689 
Alexandre VIIIVeneza, papa de 1689 a 1691 
Inocêncio XIINápoles, papa de 1691 a 1700 
Clemente XIUrbino, papa de 1700 a 1721 
Século 18
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Inocêncio XIIIRoma, papa de 1721 a 1724 
Bento XIIIRoma, papa de 1724 a 1730 
Clemente XIIFlorença, papa de 1730 a 1740 
Bento XIVBolonha, papa de 1740 a 1758 
Clemente XIIIVeneza, papa de 1758 a 1769 
Clemente XIVRimini, papa de 1769 a 1774 
Pio VICesana, papa de 1775 a 1799 
Pio VIICesena, papa de 1800 a 1823 
Século 19
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Leão XIIFabriano, papa de 1823 a 1829 
Pio VIIICingoli, papa de 1829 a 1830 
Gregório XVIBelluno, papa de 1831 a 1846 
Pio IXSenigallia, papa de 1846 a 1878 
Leão XIIICarpineto, papa de 1878 a 1903 
Século 20
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
São Pio XRiese, papa de 1903 a 1914 
Bento XVGênova, papa de 1914 a 1922 
Pio XIMilão, papa de 1922 a 1939 
Pio XIIRoma, papa de 1939 a 1958 
João XXIIISotto II Monte, papa de 1958 a 1963 
Paulo VIConcesio, papa de 1963 a 1978 
João Paulo IBelluno, papa de 1978 a 1978 
João Paulo IIPolônia, papa de 1978 a 2005 
Século 21
NOMEORIGEM E DURAÇÃO DO PAPADO
Bento XVIBaviera, papa de 2005 a 2013