Apesar dos milênios que nos separam dos gregos, podemos ver que o
legado dessa antiga civilização ainda tem uma influência significativa
em diversos aspectos de nossa vida cotidiana. As noções estéticas, a
ideia de democracia, os princípios da filosofia são apenas alguns dos
casos em que vemos de que modo os gregos deixaram sua marca entre as
culturas ocidentais. Na verdade, caso haja um pouco mais de interesse,
podemos descobrir que a cultura grega também adentra aspectos bem mais
simples do nosso dia a dia.
De fato, as propriedades revigorantes do sono conhecidas por todas as
pessoas e a falta do mesmo pode gerar uma série de problemas de saúde.
Vários estudiosos ainda investigam de que modo essa atividade que ocupa
praticamente um terço de nossas vidas interfere no funcionamento
de nosso organismo. Em nosso cotidiano, é comum muitas pessoas
celebrarem uma noite bem dormida dizendo que “caiu nos braços de
Morfeu”. Mas afinal, de onde veio essa expressão?
Segundo a mitologia grega, Morfeu era um deus filho de Hipnos, o deus
do sono. Assim como o seu pai, ele dispunha de grandes asas que o fazia
vagar silenciosamente pelos mais distantes lugares do planeta Terra. Ao
aproveitar do repouso dos homens, Morfeu assumia formas humanas e
ocupava os sonhos de quem quisesse. Desse modo, os gregos acreditavam
que uma noite bem dormida e seus vários efeitos positivos só seriam
explicados pela presença dessa divindade em seus sonhos.
Foi justamente por meio dessa expressão e da história de Morfeu que um
dos mais potentes analgésicos existentes, a morfina, ganhou esse nome.
No fim das contas, mesmo que a mitologia não tenha embasamento
científico, sabemos que uma noite de bom descanso é simplesmente divino.
Por Marcio Filósofo
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