sábado, 29 de agosto de 2015

Qual é a diferença entre asteróide, cometa e meteoro?

COMETA
É uma grande bola de gelo - formada pela junção de vários gases - que vaga pelo espaço. O cometa é uma espécie de "sobra" do processo de formação dos grandes planetas gasosos do sistema solar, como Júpiter e Saturno. Este bloco gelado que você vê aqui é só uma minúscula parte de todo o cometa, é o seu núcleo sólido, que em geral tem uns 6 km de diâmetro
ASTERÓIDE
Enquanto o cometa é uma bola de gases congelados, o asteróide é uma grande pedra espacial. Também é uma "sobra" do sistema solar, mas uma sobra do processo de formação dos planetas rochosos, como Terra e Marte. Com formato irregular, a maioria dos asteróides tem cerca de 1 km de diâmetro - mas alguns podem chegar a centenas de quilômetros!
METEORÓIDE
É um asteróide pequeno. Não há um limite exato, mas a partir de 1 km de diâmetro as pedras espaciais costumam ser chamadas de asteróides. A maior parte dos meteoróides equivale a grãos de areia. Mas esses são quase imperceptíveis: toneladas se dirigem à atmosfera da Terra todos os dias. Já meteoróides com uns 4 m de diâmetro deixam sinais mais evidentes
Rastro giganteNuvem gasosa em volta do núcleo do cometa tem diâmetro 15 vezes maior que a Terra!
O núcleo sólido é uma parte insignificante do cometa. Ele é permanentemente envolvido por uma nuvem gasosa que chega a ter um diâmetro de 200 mil km, mais de 15 vezes o diâmetro da Terra! E isso sem contar a famosa cauda, um rastro de poeira e gases que surge quando o cometa se aproxima do Sol e pode atingir 100 milhões de km de extensão!
Terra à vista!Quando entram na nossa atmosfera, pedras espaciais ganham outros nomes
METEORO
Um meteoróide que entra na atmosfera da Terra passa a ser chamado de meteoro. Com uma velocidade de 70 km/s, essas pedras queimam em contato com os gases do ar, formando um rastro de luz - as populares estrelas cadentes. A maioria dos meteoros são grãos de poeira que saíram de cometas
METEORITO
São os meteoros que não se desintegram totalmente no choque com a atmosfera. Portanto são pedras espaciais que de fato caem na superfície do planeta. O desgaste da passagem pelas várias camadas da atmosfera faz um meteoro de 4 m virar um meteorito com cerca de 1 m de diâmetro.


por Débora Pivotto | Edição 65

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Por que temos duas voltagens no Brasil?

Choque
Porque a rede elétrica do país foi implantada por empresas diferentes sem um padrão comum. Quando essa instalação ocorreu, lá no início do século 20, as companhias contratadas para o serviço eram estrangeiras e não tinham um modelo a seguir. Assim, as voltagens foram determinadas por dois fatores: o local de origem da empresa e uma análise de custo que levava em conta a quantidade de pessoas e o dinheiro que seria gasto no material e na instalação. Na região Sudeste, por exemplo, empresas canadenses optaram por estabelecer a voltagem de 110 volts, enquanto as primeiras concessionárias de energia que atuaram na região Nordeste optaram pela rede elétrica de 220 volts. Depois de implantada, a rede de energia elétrica no Brasil nunca foi padronizada, porque o custo seria altíssimo.
Fontes: Atlas da Energia Elétrica no Brasil e site Energias do Brasil

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Convicções



Ainda somos, no essencial, os mesmos homens da época da Reforma: como poderia ser diferente? Mas o fato de já não no permitirmos certos meios de contribuir para a vitória de nossa opiniões nos diferencia daquele tempo, e prova que pertencemos a uma cultura superior. Quem ainda hoje combate e derruba opiniões com suspeitas, com acessos de raiva, como se fazia durante a Reforma, revela claramente que teria queimado o seus rivais, se tivesse vivido em outros tempos, e que teria recorrido a todos os meios da Inquisição, se tivesse vivido como adversário da Reforma. Essa Inquisição era razoável na época pois não significava outra coisa senão o estado de sítio que teve de ser proclamado em todo o domínio da Igreja, que, como todo estado de sítio, autorizava os meios mais extremos, com base no pressuposto (que já não partilhamos com aqueles homens) de que a Igreja tinha a verdade, e de que era preciso conservá-la para a salvação da humanidade, a todo custo e com todo sacrifício. Hoje em dia, porém, já não admitimos tão facilmente que alguém possua a verdade: os rigorosos métodos de investigação propagaram desconfiança e cautela bastantes, de modo que todo aquele que defende opiniões com palavras e atos violentos é visto como um inimigo de nossa presente cultura ou, no mínimo, como um atrasado. Realmente: o pathos de possuir a verdade vale hoje bem pouco em relação àquele outro, mais suave e nada altissonante, da busca da verdade, que nunca se cansa de reaprender e reexaminar. (Friedrich Nietzsche, "Humano, demasiado humano", Cia de Letras, p. 303, Aforismo 633, ano 2001, São Paulo).



Por Marcio Filósofo

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Desafios e perspectivas do ensino de matemática num mundo tecnológico


O mundo vive em constante evolução e, obviamente, esse processo evolutivo impõe significativas mudanças na visão de mundo do homem, no seu modo de fazer, pensar e sentir as coisas. A Educação, pela própria natureza dinâmica que a caracteriza, transforma-se, aprimora-se, visando a acompanhar essas mudanças e a tender aos imperativos determinados pela vida moderna na qual a tecnologia é usada diariamente. 

Essas mudanças podem ser observadas em todos os setores da sociedade e, sendo a Educação uma prática social, é fundamental a sua importância, visto que, além de assumir o relevante papel de formar indivíduos que atuam nesta sociedade, é ainda responsável pelo desenvolvimento da capacidade criativa do homem. E, se mudanças são observadas em todas as áreas da sociedade, na Educação, as mudanças ocorrem quanto aos objetivos e aos procedimentos ou métodos ou técnicas por ela utilizados. 

Segundo Grinspun (1999, p. 32): O desenvolvimento de uma sociedade não consiste num simples movimento linear da mesma, mas na realização de um projeto em que haja interiorização na consciência dos que a integram e, também, na sua viabilidade, através dos instrumentos que esta consciência promove. Este é o papel da educação: participar da realização desse projeto. 

Desde o início do século XXI, a sociedade contemporânea produz e acolhe as inovações tecnológicas numa velocidade muito intensa, com relação aos meios de comunicação de massa (revistas, rádio, jornais, televisão, cinema), aos instrumentos de trabalho (informatização, automação, robotização), nos serviços domésticos (com eletrodomésticos cada vez mais sofisticados), e na indústria do lazer (jogos, brincadeiras eletrônicas). 

Certamente, no início deste século, os jovens são os que mais são influenciados pelas inovações tecnológicas, pois nascem e crescem interagindo com um mundo que para uma grande quantidade de adultos é novidade e, desse modo, eles conseguem com mais facilidade aprender e se vincular a situações novas. Segundo Moran (2000) os alunos estão prontos para o uso das tecnologias. 

Em contrapartida, os professores, como mediadores têm insegurança frente a essa nova ferramenta de ensino. Nesse contexto, a Educação Matemática vinculada ao uso contínuo da tecnologia em sala de aula, contribui significativamente para a inclusão e para cidadania e, desse modo, supera currículos obsoletos, ligados a concepções teórico-metodológicos que dissociam o conhecimento matemático da realidade do educando tornando o cidadão apto a viver numa sociedade em transformação que apresenta novos instrumentos nas produções e nas suas relações sociais e que se consolida continuamente com novos impactos tecnológicos. 

Segundo Pretto (1999), a escola ainda se encontra fortemente ligada ao paradigma constituído de procedimentos dedutivos e lineares. Logo, a escola desconhece o substrato tecnológico do mundo contemporâneo. A escola deverá propiciar ao aluno novas formas de aprender com o uso das tecnologias da informação e comunicação para não se tornar obsoleta. (BEEDE apud FREIRE, 1996) diz que para a que a escola não se torne obsoleta ela precisa estar inserida no mundo contemporâneo. Em suma, deverá considerar os avanços tecnológicos. 

As tendências metodológicas modernas baseiam-se em dois pressupostos: a necessidade de tornar o aluno o "sujeito", o agente ativo da construção de seu próprio conhecimento e o aproveitamento de suas experiências cotidianas no desenvolvimento de suas atividades matemáticas. Buscando novas informações e aprendizagens o sujeito amplia seus conhecimentos inerentes a conceitos e habilidades mais complexos, sabendo-se que vivemos situações desafiadoras continuamente. E, nesse ínterim, a Educação Matemática expressa ideias que têm como objetivo ir ao encontro de tais desafios. 

Essas tendências modernas preconizam uma mudança de postura, encarando o conhecimento matemático de forma viva e contextualizada, próximo à realidade do aluno e de todos aqueles envolvidos no processo educacional institucionalizado. É evidente a necessidade de saber procurar, situar o saber histórico-cultural, no contexto escolar, criando espaços para os diferentes e excluídos na busca de uma formação mais solidária do homem e procurar discutir essas ideias, sem perder de vista a necessidade de olhar para o outro e buscar aprender com ele.





Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO
Artigo por Regivaldo Cláudio de Freitas - sábado, 26 de janeiro de 2013