sábado, 17 de agosto de 2019

Um país sem professores no futuro...




O que esperar de um país onde apenas 2,4% dos estudantes demonstra interesse pela carreira docente?

Pois este é o Brasil. Educação, segundo a pesquisa Políticas Eficientes para Professores, realizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é área de interesse para pouco mais de 2 em cada 100 brasileiros. Se mantido este ritmo de entrada de estudantes em cursos de pedagogia ou licenciaturas, o mercado que já carece de professores em algumas áreas do conhecimento, como Física, Inglês e Matemática, por exemplo, ficará sem profissionais especializados para atender a demanda.
A pesquisa indica ainda que 1 em cada 5 professores que atuam em escolas brasileiras já têm mais de 50 anos e que, para tornar ainda mais delicada a situação, o grupo social que apresenta maior interesse pela carreira é formado por pessoas que vivem situação social mais precária (Classes C e D) e que, por conta disso, tiveram formação anterior mais fraca, apresentando resultados abaixo da média de quem procura profissões com maior status, reconhecimento e melhores salários, como medicina, engenharia ou administração, por exemplo.
Na comparação, as médias obtidas no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) por quem almeja ser professor no Brasil, em leitura, ficam em 382 pontos, enquanto quem disputa vagas em universidades para os cursos mais prestigiados atinge média de 427 pontos. Em matemática a situação não é diferente, com os futuros professores atingindo 354 pontos e os candidatos a médicos e engenheiros atingindo 390 pontos.
Se a consideração for feita em relação a outros países, sabendo-se que o Brasil ocupa as últimas posições do ranking PISA desde o seu surgimento, seja em leitura ou em matemática, a situação torna-se ainda mais precária, ou seja, iremos apresentar ainda mais desvantagem na disputa global.
Para adicionar mais drama a esta equação, devemos considerar que, para termos profissionais das mais diversas especialidades, todas as crianças e adolescentes a serem formados no país irão passar pelo ensino básico e serão formados por estes professores com preparação fraca, deficientes em quesitos fundamentais. Some-se a isso, ainda, que o acesso a repertório cultural amplo, um dos elementos definidores da boa formação profissional, seja em educação ou qualquer outra área, também são frágeis.
A atualização dos currículos e dos programas dos cursos que formam os profissionais da área, em pedagogia e licenciaturas, demanda também revisão e modernização, para que os futuros docentes brasileiros estejam sintonizados com as alterações e propostas surgidas para atender as demandas e a clientela do século XXI. A escola brasileira ainda atua, em grande parte, dentro de um modelo de trabalho conteudista, reprodutivista, bancário e pouco afeito as novas metodologias ativas, ao uso de tecnologias em sala de aula ou ao trabalho com projetos e outras inovações.
A carreira de professor, ademais, carece de maior estímulo tanto do ponto de vista da equiparação de condições com outras profissões graduadas, no que se refere a benefícios e salários e, também, no que tange a maior respeito e consideração social.
A docência, no Brasil, não é recomendada para as novas gerações de estudantes nem mesmo por quem é professor, de acordo com pesquisa realizada pela ONG Todos pela Educação. Quase metade (49%) dos docentes que estão em sala de aula recomendam outras carreiras para seus alunos. Atuar no ramo é associado a baixos salários, insegurança no trabalho, falta de recursos e de apoio das comunidades atendidas. O professor brasileiro é questionado sobre seus métodos e processos e não tem sua condição técnica e profissional reconhecida e respeitada, muitas vezes, por quem atende. As pessoas consideram que, por já terem passado pelos bancos escolares, sabem como o trabalho precisa ser feito e cobram dos docentes posturas e ações que não são condizentes com a modernidade educacional e o alunato do século XXI.
Para melhorar este quadro é preciso que, de acordo com o que é feito em outras profissões e em países com melhores resultados na área, ações como estágio acompanhado e orientado por profissionais qualificados e reconhecidos, num processo similar ao coaching, sejam obrigatórias para os futuros docentes.
Outra ação indispensável é a criação de concursos probatórios para que o futuro profissional da área demonstre capacidade real e plena de exercício da profissão, como ocorre entre os advogados brasileiros, por exemplo, com a aplicação do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Os cursos universitários para professores precisam, também, aproximar mais a teoria e a prática, com formações pautadas em estudos de caso, parcerias com escolas próximas para introduzir os futuros docentes no ambiente educacional não somente no último ano de formação, mas já no 2º ou no 3º ano da graduação.
Salários melhores, condições adequadas de trabalho, formações regulares para quem já está formado e atuando, inserção e uso de tecnologias educacionais de forma regular no planejamento, ensejo a grupos de estudo e melhor aproveitamento dos horários de trabalho e planejamento obrigatórios são ações a serem também implementadas.
Quando se fala de remuneração, especificamente, a melhoria salarial deve ser prevista com o estabelecimento de planos de carreiras e valorização por mérito, ou seja, considerando-se evolução das turmas, índices de aproveitamento dos alunos, ações inovadoras em sala de aula, cursos adicionais realizados, estudos e leituras finalizadas. Profissionalismo está associado a tais fatores e, com isso, a valorização tem que acontecer, caso contrário, os professores irão continuar a perder credibilidade perante a sociedade.
A origem social dos futuros professores, sendo oriundos de camadas sociais mais carentes pode ser um trunfo, ao invés de um problema, se as condições de formação na universidade os auxiliarem e estimularem a superar as eventuais lacunas existentes em sua formação prévia. Cursos de complementação e reforço naquilo que não foi bem trabalhado nas etapas anteriores podem auxiliar os futuros docentes a superar tais dificuldades e, ao mesmo tempo, suas bases sociais anteriores podem ser elementos que facilitem a inserção, comunicação e efetivação de seu trabalho juntamente aos alunos e comunidades por eles atendidos.
Ser professor para quem vem das classes C e D constitui elemento de ascensão social. Na maior parte dos casos, estes futuros professores não têm na família pessoas que tenham cursado e terminado a graduação, se tornando, portanto, expoentes para seus pares e comunidades. Isso é de grande valor agregado para todos, mas para que a experiência possa render melhores frutos é preciso que sejam preparados da melhor forma possível, superando problemas prévios e sendo orientados para atender da melhor forma possível as escolas e alunos do século XXI.
Sendo professor há mais de 3 décadas, tendo escolhido e exercido de forma consciente a profissão desde o início de minhas atividades em escolas, como docente ou gestor, atualmente como formador de professores em cursos de graduação e pós-graduação e ainda como coordenador de projetos relacionados ao uso de tecnologias educacionais em escolas, reconheço as dificuldades e empecilhos da carreira docente no Brasil, no entanto, advogo mudanças, luto pelas alterações necessárias, acredito muito na profissão e penso que, para o país se tornar uma nação justa, desenvolvida e ética, precisamos investir nossas fichas numa educação de qualidade, com professores motivados, engajados, confiantes e prontos para os desafios que se apresentam. Na contramão daqueles que não indicam a profissão para seus alunos, eu digo que a profissão é extremamente digna, de grande valor social e que, precisamos virar a página para que seja tão valorizada quanto nos países mais desenvolvidos nesta área e, que por conta disso, lideram os rankings educacionais, como Estônia, Finlândia ou Coréia do Sul, entre outros.


João Luís de Almeida Machado

Consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Os desafios da Educação Inclusiva no Brasil

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Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especiais.
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial – ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado.
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
Preservar a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos – inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
Como formar redes de apoio à Educação inclusiva
Os sistemas de apoio começam na própria escola, na equipe e na gestão escolar. O aluno com necessidades especiais não é visto como responsabilidade unicamente do professor, mas de todos os participantes do processo educacional. A direção e a coordenação pedagógica devem organizar momentos para que os professores possam manifestar suas dúvidas e angústias. Ao legitimar as necessidades dos docentes, a equipe gestora pode organizar espaços para o acompanhamento dos alunos; compartilhar entre a equipe os relatos das condições de aprendizagens, das situações da sala de aula e discutir estratégias ou possibilidades para o enfrentamento dos desafios. Essas ações produzem assuntos para estudo e pesquisa que colaboram para a formação continuada dos educadores.
A família compõe a rede de apoio como a instituição primeira e significativamente importante para a escolarização dos alunos. É a fonte de informações para o professor sobre as necessidades específicas da criança. É essencial que se estabeleça uma relação de confiança e cooperação entre a escola e a família, pois esse vínculo favorecerá o desenvolvimento da criança.
Profissionais da área de saúde que trabalham com o aluno, como fisioterapeutas, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos ou médicos, também compõem a rede. Esses profissionais poderão esclarecer as necessidades de crianças e jovens e sugerir, ao professor, alternativas para o atendimento dessas necessidades.
Na perspectiva da Educação inclusiva, os apoios centrais reúnem os serviços da Educação especial e o Atendimento Educacional Especializado (AEE). São esses os novos recursos que precisam ser incorporados à escola. O aluno tem direito de frequentar o AEE no período oposto às aulas. O sistema público tem organizado salas multifuncionais ou salas de apoio, na própria escola ou em instituições conveniadas, com o objetivo de oferecer recursos de acessibilidade e estratégias para eliminar as barreiras, favorecendo a plena participação social e o desenvolvimento da aprendizagem.
Art. 1º. Para a implementação do Decreto no 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos; Art. 2º. O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem; Parágrafo Único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na Educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços. (CNB/CNE, 2009).
Ainda que não apresente números consideráveis, a inclusão tem sido incorporada e revela ações que podem ser consideradas práticas para apoiar o professor. Ter um segundo professor na sala de aula, é um exemplo, seja presente durante todas as aulas ou em alguns momentos, nas mais diversas modalidades: intérprete, apoio, monitor ou auxiliar. Esse professor poderá possuir formação específica, básica ou poderá ser um estagiário. A participação do professor do AEE poderá ocorrer na elaboração do planejamento e no suporte quanto à compreensão das condições de aprendizagem dos alunos, como forma de auxiliar a equipe pedagógica.
Outra atividade evidenciada pela prática inclusiva para favorecer o educador é a adoção da práxis – no ensino, nas interações, no espaço e no tempo – que relacione os diferentes conteúdos às diversas atividades presentes no trabalho pedagógico. São esses procedimentos que irão promover aos alunos a possibilidade de reorganização do conhecimento, à medida que são respeitados os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.
Vale ressaltar que a Educação inclusiva, como prática em construção, está em fase de implementação. São muitos os desafios a serem enfrentados, mas as iniciativas e as alternativas realizadas pelos educadores são fundamentais. As experiências, agora, centralizam os esforços para além da convivência, para as possibilidades de participação e de aprendizagem efetiva de todos os alunos.


Fonte: Nova Escola

Por que a Amazônia é vital para o mundo?

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Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta.


Regime de chuvas

A área da Floresta Amazônica, ao contrário de ser improdutiva, produz imensas quantidades de água para o restante do país. Os chamados "rios voadores", formados por massas de ar carregadas de vapor de água gerados pela evapotranspiração na Amazônia, levam umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Esses rios voadores também influenciam chuvas na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile. A umidade vinda da Amazônia e os rios da região alimentam regiões que geram 70% do PIB da América do Sul.
Segundo estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro pode bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor por dia – mais que o dobro da água usada diariamente por um brasileiro. Uma árvore maior, com copa de 20 metros de diâmetro, pode evapotranspirar mais de 1.000 litros por dia, bombeando água e levando chuva para irrigar lavouras, encher rios e as represas que alimentam hidrelétricas no resto do país.
Assim, preservar a Amazônia é essencial para o agronegócio – o mesmo que devasta a floresta –, para a produção de alimentos e para gerar energia no Brasil.
O desmatamento prejudica a evapotranspiração e, por consequência, a rota desses rios, podendo afetar assim o regime de chuvas no restante do país e diversas atividades econômicas. Como resultado do desmatamento, até 65% da Amazônia corre o risco de se transformar em savana ao longo dos próximos 50 anos.
Além disso, o Rio Amazonas é responsável por quase um quinto das águas doces levadas aos oceanos no mundo.

Mudanças climáticas

A Amazônia e as florestas tropicais, que armazenam de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas métricas de carbono, ajudam a estabilizar o clima em todo o mundo. Só a Floresta Amazônica representa 10% de toda a biomassa do planeta.
Já as florestas que foram degradadas ou desmatadas são as maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa depois da queima de combustíveis fósseis. Isso porque as florestas saudáveis têm uma imensa capacidade de reter e armazenar carbono, mas o desmatamento para o uso agrícola ou extração de madeira libera gases do efeito estufa para a atmosfera e desestabiliza o clima.
Vale lembrar que 2016 foi o terceiro ano consecutivo a ser considerado o mais quente da história. O Acordo de Paris, cujo objetivo é manter o aquecimento da temperatura média do planeta abaixo de 2°C, passa necessariamente pela preservação de florestas.
Dados da ONU de 2015 mostram o Brasil como um dos dez países que mais emitem gases do efeito estufa no mundo, com 2,48% das emissões. Para cumprir suas metas de redução de emissões dentro do acordo internacional, o Brasil se comprometeu a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030.

Equilíbrio ambiental

Como a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia possui a maior biodiversidade, com uma em cada dez espécies conhecidas. Também há uma grande quantidade de espécies desconhecidas por cientistas, principalmente nas áreas mais remotas. Assegurar a biodiversidade é importante porque ela garante maior sustentabilidade natural para todas as formas de vida, e ecossistemas saudáveis e diversos podem se recuperar melhor de desastres, como queimadas.
Preservar a biodiversidade amazônica, portanto, quer dizer contribuir para estabilizar outros ecossistemas na região. O recife dos corais da Amazônia, por exemplo, um corredor de biodiversidade entre a foz do Amazonas e o Caribe, é um refúgio para corais ameaçados pelo aquecimento global por estar em uma região mais profunda.
Segundo o biólogo Carlos Eduardo Leite Ferreira, da Universidade Federal Fluminense, esse recife poderá ajudar a repovoar áreas degradadas dos oceanos no futuro, mas petroleiras Total e BP têm planos de explorar petróleo perto da região dos corais da Amazônia, ameaçando assim esse ecossistema.
A biodiversidade também tem sua função na agricultura: áreas agrícolas com florestas preservadas em seu entorno têm maior riqueza de polinizadores, dos quais depende a produção de alimentos, como café, milho e soja.

Produtos da floresta

As espécies da Amazônia também são importantes pelo seu uso para produzir medicamentos, alimentos e outros produtos. Mais de 10 mil espécies de plantas da área possuem princípios ativos para uso medicinal, cosmético e controle biológico de pragas.
Neste ano, uma pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, mostrou que a planta unha-de-gato, da região Amazônica, além de ser utilizada para tratar artrite e osteoartrose, reduz a fadiga e melhora a qualidade de vida de pacientes em estágio avançado de câncer.
Produtos da floresta são comercializados em todo o Brasil, como açaí, guaraná, frutas tropicais, palmito, fitoterápicos, fitocosméticos, couro vegetal, artesanato de capim dourado e artesanato indígena. Produtos não-madeireiros também têm grande valor de exportação: castanha do Brasil, jarina (o marfim vegetal), rutila e jaborandi (princípios ativos), pau-rosa (essência de perfume), resinas e óleos.


Por Priscila Jordão, Deutsche Welle

Enem 2019: Inep alerta para motivos que geram eliminação do participante

Crédito: Gabriel_Ramos / Shutterstock.com


 O Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alertou nesta quinta-feira, 8 de agosto, os estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 sobre os motivos que podem causar eliminação na prova.
As provas do Enem 2019 serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro em todo o país para mais de 5 milhões de estudantes. Mesmo que seguindo um cronograma intenso de estudos, nesta reta final de preparação é importante que todos os inscritos tenham conhecimento das regras do edital para não correr o risco de uma eliminação.

- Informação de dados

É de extrema importância que os participantes não façam declarações falsas no sistema de inscrição e nas documentações do exame. Todas as informações são checadas pela comissão organizadora para não haver erros de dados.

- Comunicação

É proibido que o participante se comunique verbalmente com qualquer pessoa que não seja o fiscal ou o aplicador de provas no dia do exame. Além disso, o estudante não deve causar qualquer tipo de perturbação nos locais de prova.

- Anotações

Os participantes são proibidos de entrar na sala de prova com livros, notas, papéis ou outros materiais impressos. Os que desejarem sair da sala com o caderno de questões só poderão fazer isso nos 30 minutos que antecedem o término das provas. É proibido também deixar o local com o Cartão-Resposta, a Folha de Redação e a Folha de Rascunho.

- Horários

Para deixar a sala os estudantes devem aguardar 2h após o início de aplicação do exame, caso contrário, o mesmo é eliminado, assim como aqueles que chegarem atrasados. Os participantes podem sair da sala somente com acompanhamento de um fiscal para o caso de ir ao banheiro. 

- Eletrônicos

Nenhum participante pode se recusar a fazer a revista eletrônica, a coleta de dado biométrico e a ter seus objetos revistados eletronicamente. Os participantes que forem flagrados com qualquer dispositivo eletrônico ou outros objetos como lápis e anotações serão eliminados. É permitido apenas o uso de caneta esferográfica preta de tubo transparente.

- Celular

Os celulares podem ser levados no dia da prova, mas devem ser desligados e guardados dentro do envelope para objetos que é disponibilizado na entrada das salas. O envelope deve ser lacrado e identificado e só pode ser aberto quando o estudante sair definitivamente do local de provas. Qualquer som emitido pelo aparelho durante as provas causa a eliminação do participante.

Crédito: Gabriel_Ramos / Shutterstock.com