segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Por que Filosofia e Sociologia nas escolas?


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Houve um tempo em que brincávamos com grilos, grama, enxurradas, louva-deuses, joaninhas, nuvens, chuva, chão, árvores, noites, e diretamente na lama pra fazer tijolinhos sob um sol matutino. Criar imaginariamente qualquer possibilidade de viver a beleza da interação com a natureza. Aprender o valor de nós mesmos através do encantamento e da harmonia com a valorização do tempo absorvido em sua totalidade com razão ou não, mas tudo de coração, pois o que importa é o importar com a natureza de todas as coisas que nos despertam à nós mesmos. O excesso de racionalidade nos priva do encanto, do espanto, das paixões e pulsões que nos permite nos ver no espelho da natureza que nos mostra a nós mesmos. Possibilidades humanas estão nas equações, nas químicas, na ética, na geografia, nas histórias, no barro ou no alcance maior de qualquer avanço tecnológico. É tempo de cura dessa loucura que está adoecendo nossos adolescentes cujas lentes naturais estão sendo embaçadas por uma doutrina carregada de ideia fixa sobre futuro onde o presente é o adestramento racional frio e sem encanto. A ausência do eu é o medo das paixões, da imaginação e da mínima poesia com a vida, onde o excesso de razão desequilibra a humanidade seja lá qual for a idade. O futuro é um sujeito covarde que se recua enquanto avançamos. O presente, esse sim é legal, real… Um presente! A engenharia a arquitetura a matemática pura é de extrema necessidade, mas nos precisamos ser precisos com aqueles que necessitam do exemplo racional e prático para a formação engenhosa e arquitetônica do caráter e personalidade pelo coração, pelo encanto, pela poesia de existir. Como fazer isso sem a noção existencial do eu e também esse eu encantado e cheio de possibilidades sem a noção do nós… Filosofia e Sociologia são exatas ciências de mãos dadas com as mentes humanas que calculam, fazem pensar e tem o poder de produzirem cidadãos cultos, críticos.

Texto adaptado por Marcio Filósofo
Francisco Fernando Lopes

Sabedoria de vida é usufruir o presente


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Não permitir a manifestação de grande júbilo ou grande lamento em relação a qualquer acontecimento, uma vez que a mutabilidade de todas as coisas pode transformá-lo completamente de um instante para o outro; em vez disso, usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida. Em geral, porém, fazemos o contrário: planos e preocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é negligenciado; no entanto, somente o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida inteira. 
Ora, para o eudemonismo, tudo isso é bastante positivo, mas uma filosofia mais séria faz com que justamente a busca do passado seja sempre inútil, e a preocupação com o futuro o seja com frequência, de modo que somente o presente constitui o cenário da nossa felicidade, mesmo se a qualquer momento se vier a transformar-se em passado e, então, tornar-se tão indiferente como se nunca tivesse existido. Onde fica, portanto, o espaço para a nossa felicidade? 

Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"

terça-feira, 24 de maio de 2016

A revolução da bondade



Acho que a grande revolução, e o livro «Ensaio sobre a Cegueira» fala disso, seria a revolução da bondade. Se nós, de um dia para o outro, nos descobríssemos bons, os problemas do mundo estariam resolvidos. Claro que isso nem é uma utopia, é um disparate. Mas a consciência de que isso não acontecerá, não nos deve impedir, cada um consigo mesmo, de fazer tudo o que pode para reger-se por princípios éticos. Pelo menos a sua passagem pelo este mundo não terá sido inútil e, mesmo que não seja extremamente útil, não terá sido perniciosa. Quando nós olhamos para o estado em que o mundo se encontra, damo-nos conta de que há milhares e milhares de seres humanos que fizeram da sua vida uma sistemática ação perniciosa contra o resto da humanidade. Nem é preciso dar-lhes nomes. 

José Saramago, in " Folha de S. Paulo, Outubro 1995" 

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Política: arte sagrada de construir jardins.

Política é a arte sagrada de construir jardins, existem políticos por vocação e por profissão.
Quando a Política é exercida por Profissão, pelo ganho que dela provém , surgem os Gigolôs, que são verdadeiros parasitas que se instalam no poder ( neste caso vamos ter os leões de chácara, que defendem seu dono, sua dona, visando o lucro que dali poderão obter ).
Assim a comunidade, a sociedade, o País, O Mundo perde a poesia, e surgem todo tipo de gigolôs, cada qual tendo o seu preço.



No contraponto podemos encontrar os Políticos Jardineiros, que cuidam do bem público em beneficio de todos, neste caso são aqueles que amam o que fazem.
A merendeira que capricha no tempero , o médico que atende o paciente como gente, o professor que transforma suas aulas em obras de arte dignas de filmes ganhadores de Oscar, policiais que protegem todos sem diferenciar a classe social, o vereador que luta por conquistas sociais …
Já os gigolôs querem ganhar, não importa como, a merendeira que odeia comida, o médico que odeia pacientes pobres, o professor que detesta crianças e adolescentes, o policial que desrespeita os mais elementares direitos humanos, o vereador que está mais preocupado em colocar nomes de ruas, e empregar familiares ou obter mais um cargo. 



E o Povo ????



Neste caso vale citar Rubem Alves:

” Mas uma das características do povo
é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens
e não pelo poder da razão.


Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista
que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam
a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.

Nem Freud, nem Nietzsche confiavam no povo.

Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung,
o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.”

Texto adaptado: Por Marcio Filósofo

segunda-feira, 21 de março de 2016

O homem invejoso



Certa vez um homem invejoso veio a encontrar o homem de quem mais sentiu inveja, então começou a insultá-lo. O bom homem apenas ouviu calado. Então, já casando o invejoso se retirou e foi embora.
- Senhor, porque não revidastes as agressões verbais que aquele homem te fez?
- Cada um só pode dar ao outro o que possui no coração. Eu não posso pagar com uma coisa que não possuo dentro de mim. Mas ao ficar calado eu não aceitei o seu presente, então ele o levou consigo.
Reconhece-se a árvore pelos frutos; O homem bom ou mau, só consegue dar verdadeiramente aquilo de  que seu coração está abastecido.