sábado, 17 de agosto de 2019

Um país sem professores no futuro...




O que esperar de um país onde apenas 2,4% dos estudantes demonstra interesse pela carreira docente?

Pois este é o Brasil. Educação, segundo a pesquisa Políticas Eficientes para Professores, realizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é área de interesse para pouco mais de 2 em cada 100 brasileiros. Se mantido este ritmo de entrada de estudantes em cursos de pedagogia ou licenciaturas, o mercado que já carece de professores em algumas áreas do conhecimento, como Física, Inglês e Matemática, por exemplo, ficará sem profissionais especializados para atender a demanda.
A pesquisa indica ainda que 1 em cada 5 professores que atuam em escolas brasileiras já têm mais de 50 anos e que, para tornar ainda mais delicada a situação, o grupo social que apresenta maior interesse pela carreira é formado por pessoas que vivem situação social mais precária (Classes C e D) e que, por conta disso, tiveram formação anterior mais fraca, apresentando resultados abaixo da média de quem procura profissões com maior status, reconhecimento e melhores salários, como medicina, engenharia ou administração, por exemplo.
Na comparação, as médias obtidas no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) por quem almeja ser professor no Brasil, em leitura, ficam em 382 pontos, enquanto quem disputa vagas em universidades para os cursos mais prestigiados atinge média de 427 pontos. Em matemática a situação não é diferente, com os futuros professores atingindo 354 pontos e os candidatos a médicos e engenheiros atingindo 390 pontos.
Se a consideração for feita em relação a outros países, sabendo-se que o Brasil ocupa as últimas posições do ranking PISA desde o seu surgimento, seja em leitura ou em matemática, a situação torna-se ainda mais precária, ou seja, iremos apresentar ainda mais desvantagem na disputa global.
Para adicionar mais drama a esta equação, devemos considerar que, para termos profissionais das mais diversas especialidades, todas as crianças e adolescentes a serem formados no país irão passar pelo ensino básico e serão formados por estes professores com preparação fraca, deficientes em quesitos fundamentais. Some-se a isso, ainda, que o acesso a repertório cultural amplo, um dos elementos definidores da boa formação profissional, seja em educação ou qualquer outra área, também são frágeis.
A atualização dos currículos e dos programas dos cursos que formam os profissionais da área, em pedagogia e licenciaturas, demanda também revisão e modernização, para que os futuros docentes brasileiros estejam sintonizados com as alterações e propostas surgidas para atender as demandas e a clientela do século XXI. A escola brasileira ainda atua, em grande parte, dentro de um modelo de trabalho conteudista, reprodutivista, bancário e pouco afeito as novas metodologias ativas, ao uso de tecnologias em sala de aula ou ao trabalho com projetos e outras inovações.
A carreira de professor, ademais, carece de maior estímulo tanto do ponto de vista da equiparação de condições com outras profissões graduadas, no que se refere a benefícios e salários e, também, no que tange a maior respeito e consideração social.
A docência, no Brasil, não é recomendada para as novas gerações de estudantes nem mesmo por quem é professor, de acordo com pesquisa realizada pela ONG Todos pela Educação. Quase metade (49%) dos docentes que estão em sala de aula recomendam outras carreiras para seus alunos. Atuar no ramo é associado a baixos salários, insegurança no trabalho, falta de recursos e de apoio das comunidades atendidas. O professor brasileiro é questionado sobre seus métodos e processos e não tem sua condição técnica e profissional reconhecida e respeitada, muitas vezes, por quem atende. As pessoas consideram que, por já terem passado pelos bancos escolares, sabem como o trabalho precisa ser feito e cobram dos docentes posturas e ações que não são condizentes com a modernidade educacional e o alunato do século XXI.
Para melhorar este quadro é preciso que, de acordo com o que é feito em outras profissões e em países com melhores resultados na área, ações como estágio acompanhado e orientado por profissionais qualificados e reconhecidos, num processo similar ao coaching, sejam obrigatórias para os futuros docentes.
Outra ação indispensável é a criação de concursos probatórios para que o futuro profissional da área demonstre capacidade real e plena de exercício da profissão, como ocorre entre os advogados brasileiros, por exemplo, com a aplicação do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Os cursos universitários para professores precisam, também, aproximar mais a teoria e a prática, com formações pautadas em estudos de caso, parcerias com escolas próximas para introduzir os futuros docentes no ambiente educacional não somente no último ano de formação, mas já no 2º ou no 3º ano da graduação.
Salários melhores, condições adequadas de trabalho, formações regulares para quem já está formado e atuando, inserção e uso de tecnologias educacionais de forma regular no planejamento, ensejo a grupos de estudo e melhor aproveitamento dos horários de trabalho e planejamento obrigatórios são ações a serem também implementadas.
Quando se fala de remuneração, especificamente, a melhoria salarial deve ser prevista com o estabelecimento de planos de carreiras e valorização por mérito, ou seja, considerando-se evolução das turmas, índices de aproveitamento dos alunos, ações inovadoras em sala de aula, cursos adicionais realizados, estudos e leituras finalizadas. Profissionalismo está associado a tais fatores e, com isso, a valorização tem que acontecer, caso contrário, os professores irão continuar a perder credibilidade perante a sociedade.
A origem social dos futuros professores, sendo oriundos de camadas sociais mais carentes pode ser um trunfo, ao invés de um problema, se as condições de formação na universidade os auxiliarem e estimularem a superar as eventuais lacunas existentes em sua formação prévia. Cursos de complementação e reforço naquilo que não foi bem trabalhado nas etapas anteriores podem auxiliar os futuros docentes a superar tais dificuldades e, ao mesmo tempo, suas bases sociais anteriores podem ser elementos que facilitem a inserção, comunicação e efetivação de seu trabalho juntamente aos alunos e comunidades por eles atendidos.
Ser professor para quem vem das classes C e D constitui elemento de ascensão social. Na maior parte dos casos, estes futuros professores não têm na família pessoas que tenham cursado e terminado a graduação, se tornando, portanto, expoentes para seus pares e comunidades. Isso é de grande valor agregado para todos, mas para que a experiência possa render melhores frutos é preciso que sejam preparados da melhor forma possível, superando problemas prévios e sendo orientados para atender da melhor forma possível as escolas e alunos do século XXI.
Sendo professor há mais de 3 décadas, tendo escolhido e exercido de forma consciente a profissão desde o início de minhas atividades em escolas, como docente ou gestor, atualmente como formador de professores em cursos de graduação e pós-graduação e ainda como coordenador de projetos relacionados ao uso de tecnologias educacionais em escolas, reconheço as dificuldades e empecilhos da carreira docente no Brasil, no entanto, advogo mudanças, luto pelas alterações necessárias, acredito muito na profissão e penso que, para o país se tornar uma nação justa, desenvolvida e ética, precisamos investir nossas fichas numa educação de qualidade, com professores motivados, engajados, confiantes e prontos para os desafios que se apresentam. Na contramão daqueles que não indicam a profissão para seus alunos, eu digo que a profissão é extremamente digna, de grande valor social e que, precisamos virar a página para que seja tão valorizada quanto nos países mais desenvolvidos nesta área e, que por conta disso, lideram os rankings educacionais, como Estônia, Finlândia ou Coréia do Sul, entre outros.


João Luís de Almeida Machado

Consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Os desafios da Educação Inclusiva no Brasil

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Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especiais.
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial – ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado.
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
Preservar a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos – inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
Como formar redes de apoio à Educação inclusiva
Os sistemas de apoio começam na própria escola, na equipe e na gestão escolar. O aluno com necessidades especiais não é visto como responsabilidade unicamente do professor, mas de todos os participantes do processo educacional. A direção e a coordenação pedagógica devem organizar momentos para que os professores possam manifestar suas dúvidas e angústias. Ao legitimar as necessidades dos docentes, a equipe gestora pode organizar espaços para o acompanhamento dos alunos; compartilhar entre a equipe os relatos das condições de aprendizagens, das situações da sala de aula e discutir estratégias ou possibilidades para o enfrentamento dos desafios. Essas ações produzem assuntos para estudo e pesquisa que colaboram para a formação continuada dos educadores.
A família compõe a rede de apoio como a instituição primeira e significativamente importante para a escolarização dos alunos. É a fonte de informações para o professor sobre as necessidades específicas da criança. É essencial que se estabeleça uma relação de confiança e cooperação entre a escola e a família, pois esse vínculo favorecerá o desenvolvimento da criança.
Profissionais da área de saúde que trabalham com o aluno, como fisioterapeutas, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos ou médicos, também compõem a rede. Esses profissionais poderão esclarecer as necessidades de crianças e jovens e sugerir, ao professor, alternativas para o atendimento dessas necessidades.
Na perspectiva da Educação inclusiva, os apoios centrais reúnem os serviços da Educação especial e o Atendimento Educacional Especializado (AEE). São esses os novos recursos que precisam ser incorporados à escola. O aluno tem direito de frequentar o AEE no período oposto às aulas. O sistema público tem organizado salas multifuncionais ou salas de apoio, na própria escola ou em instituições conveniadas, com o objetivo de oferecer recursos de acessibilidade e estratégias para eliminar as barreiras, favorecendo a plena participação social e o desenvolvimento da aprendizagem.
Art. 1º. Para a implementação do Decreto no 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos; Art. 2º. O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem; Parágrafo Único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na Educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços. (CNB/CNE, 2009).
Ainda que não apresente números consideráveis, a inclusão tem sido incorporada e revela ações que podem ser consideradas práticas para apoiar o professor. Ter um segundo professor na sala de aula, é um exemplo, seja presente durante todas as aulas ou em alguns momentos, nas mais diversas modalidades: intérprete, apoio, monitor ou auxiliar. Esse professor poderá possuir formação específica, básica ou poderá ser um estagiário. A participação do professor do AEE poderá ocorrer na elaboração do planejamento e no suporte quanto à compreensão das condições de aprendizagem dos alunos, como forma de auxiliar a equipe pedagógica.
Outra atividade evidenciada pela prática inclusiva para favorecer o educador é a adoção da práxis – no ensino, nas interações, no espaço e no tempo – que relacione os diferentes conteúdos às diversas atividades presentes no trabalho pedagógico. São esses procedimentos que irão promover aos alunos a possibilidade de reorganização do conhecimento, à medida que são respeitados os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.
Vale ressaltar que a Educação inclusiva, como prática em construção, está em fase de implementação. São muitos os desafios a serem enfrentados, mas as iniciativas e as alternativas realizadas pelos educadores são fundamentais. As experiências, agora, centralizam os esforços para além da convivência, para as possibilidades de participação e de aprendizagem efetiva de todos os alunos.


Fonte: Nova Escola

Por que a Amazônia é vital para o mundo?

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Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta.


Regime de chuvas

A área da Floresta Amazônica, ao contrário de ser improdutiva, produz imensas quantidades de água para o restante do país. Os chamados "rios voadores", formados por massas de ar carregadas de vapor de água gerados pela evapotranspiração na Amazônia, levam umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Esses rios voadores também influenciam chuvas na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile. A umidade vinda da Amazônia e os rios da região alimentam regiões que geram 70% do PIB da América do Sul.
Segundo estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro pode bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor por dia – mais que o dobro da água usada diariamente por um brasileiro. Uma árvore maior, com copa de 20 metros de diâmetro, pode evapotranspirar mais de 1.000 litros por dia, bombeando água e levando chuva para irrigar lavouras, encher rios e as represas que alimentam hidrelétricas no resto do país.
Assim, preservar a Amazônia é essencial para o agronegócio – o mesmo que devasta a floresta –, para a produção de alimentos e para gerar energia no Brasil.
O desmatamento prejudica a evapotranspiração e, por consequência, a rota desses rios, podendo afetar assim o regime de chuvas no restante do país e diversas atividades econômicas. Como resultado do desmatamento, até 65% da Amazônia corre o risco de se transformar em savana ao longo dos próximos 50 anos.
Além disso, o Rio Amazonas é responsável por quase um quinto das águas doces levadas aos oceanos no mundo.

Mudanças climáticas

A Amazônia e as florestas tropicais, que armazenam de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas métricas de carbono, ajudam a estabilizar o clima em todo o mundo. Só a Floresta Amazônica representa 10% de toda a biomassa do planeta.
Já as florestas que foram degradadas ou desmatadas são as maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa depois da queima de combustíveis fósseis. Isso porque as florestas saudáveis têm uma imensa capacidade de reter e armazenar carbono, mas o desmatamento para o uso agrícola ou extração de madeira libera gases do efeito estufa para a atmosfera e desestabiliza o clima.
Vale lembrar que 2016 foi o terceiro ano consecutivo a ser considerado o mais quente da história. O Acordo de Paris, cujo objetivo é manter o aquecimento da temperatura média do planeta abaixo de 2°C, passa necessariamente pela preservação de florestas.
Dados da ONU de 2015 mostram o Brasil como um dos dez países que mais emitem gases do efeito estufa no mundo, com 2,48% das emissões. Para cumprir suas metas de redução de emissões dentro do acordo internacional, o Brasil se comprometeu a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030.

Equilíbrio ambiental

Como a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia possui a maior biodiversidade, com uma em cada dez espécies conhecidas. Também há uma grande quantidade de espécies desconhecidas por cientistas, principalmente nas áreas mais remotas. Assegurar a biodiversidade é importante porque ela garante maior sustentabilidade natural para todas as formas de vida, e ecossistemas saudáveis e diversos podem se recuperar melhor de desastres, como queimadas.
Preservar a biodiversidade amazônica, portanto, quer dizer contribuir para estabilizar outros ecossistemas na região. O recife dos corais da Amazônia, por exemplo, um corredor de biodiversidade entre a foz do Amazonas e o Caribe, é um refúgio para corais ameaçados pelo aquecimento global por estar em uma região mais profunda.
Segundo o biólogo Carlos Eduardo Leite Ferreira, da Universidade Federal Fluminense, esse recife poderá ajudar a repovoar áreas degradadas dos oceanos no futuro, mas petroleiras Total e BP têm planos de explorar petróleo perto da região dos corais da Amazônia, ameaçando assim esse ecossistema.
A biodiversidade também tem sua função na agricultura: áreas agrícolas com florestas preservadas em seu entorno têm maior riqueza de polinizadores, dos quais depende a produção de alimentos, como café, milho e soja.

Produtos da floresta

As espécies da Amazônia também são importantes pelo seu uso para produzir medicamentos, alimentos e outros produtos. Mais de 10 mil espécies de plantas da área possuem princípios ativos para uso medicinal, cosmético e controle biológico de pragas.
Neste ano, uma pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, mostrou que a planta unha-de-gato, da região Amazônica, além de ser utilizada para tratar artrite e osteoartrose, reduz a fadiga e melhora a qualidade de vida de pacientes em estágio avançado de câncer.
Produtos da floresta são comercializados em todo o Brasil, como açaí, guaraná, frutas tropicais, palmito, fitoterápicos, fitocosméticos, couro vegetal, artesanato de capim dourado e artesanato indígena. Produtos não-madeireiros também têm grande valor de exportação: castanha do Brasil, jarina (o marfim vegetal), rutila e jaborandi (princípios ativos), pau-rosa (essência de perfume), resinas e óleos.


Por Priscila Jordão, Deutsche Welle

Enem 2019: Inep alerta para motivos que geram eliminação do participante

Crédito: Gabriel_Ramos / Shutterstock.com


 O Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alertou nesta quinta-feira, 8 de agosto, os estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 sobre os motivos que podem causar eliminação na prova.
As provas do Enem 2019 serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro em todo o país para mais de 5 milhões de estudantes. Mesmo que seguindo um cronograma intenso de estudos, nesta reta final de preparação é importante que todos os inscritos tenham conhecimento das regras do edital para não correr o risco de uma eliminação.

- Informação de dados

É de extrema importância que os participantes não façam declarações falsas no sistema de inscrição e nas documentações do exame. Todas as informações são checadas pela comissão organizadora para não haver erros de dados.

- Comunicação

É proibido que o participante se comunique verbalmente com qualquer pessoa que não seja o fiscal ou o aplicador de provas no dia do exame. Além disso, o estudante não deve causar qualquer tipo de perturbação nos locais de prova.

- Anotações

Os participantes são proibidos de entrar na sala de prova com livros, notas, papéis ou outros materiais impressos. Os que desejarem sair da sala com o caderno de questões só poderão fazer isso nos 30 minutos que antecedem o término das provas. É proibido também deixar o local com o Cartão-Resposta, a Folha de Redação e a Folha de Rascunho.

- Horários

Para deixar a sala os estudantes devem aguardar 2h após o início de aplicação do exame, caso contrário, o mesmo é eliminado, assim como aqueles que chegarem atrasados. Os participantes podem sair da sala somente com acompanhamento de um fiscal para o caso de ir ao banheiro. 

- Eletrônicos

Nenhum participante pode se recusar a fazer a revista eletrônica, a coleta de dado biométrico e a ter seus objetos revistados eletronicamente. Os participantes que forem flagrados com qualquer dispositivo eletrônico ou outros objetos como lápis e anotações serão eliminados. É permitido apenas o uso de caneta esferográfica preta de tubo transparente.

- Celular

Os celulares podem ser levados no dia da prova, mas devem ser desligados e guardados dentro do envelope para objetos que é disponibilizado na entrada das salas. O envelope deve ser lacrado e identificado e só pode ser aberto quando o estudante sair definitivamente do local de provas. Qualquer som emitido pelo aparelho durante as provas causa a eliminação do participante.

Crédito: Gabriel_Ramos / Shutterstock.com

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Como estudar Filosofia e Sociologia para o Enem

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Ao contrário dos vestibulares tradicionais, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traz uma prova mais interdisciplinar e que aborda temas que não são cobrados com frequência nos demais processos seletivos. Além de noções de Artes e Educação Física, o estudante que fará o Enem deve se preparar também para resolver questões de Filosofia e Sociologia.
As disciplinas começaram a ser cobradas pelo exame porque o pensamento filosófico e a interpretação da sociedade fazem parte da vida humana e dialogam diretamente com o nosso cotidiano. “Sem os conhecimentos elementares destas áreas é muito mais complicado entender as dinâmicas da história humana, das relações dos seres humanos com o espaço e com a sociedade”.
Diluídas no caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias, Sociologia e Filosofia ocupam cerca de um terço das questões dessa prova e muitas vezes aparecem dialogando com eventos históricos, atualidades ou até mesmo com Geografia e geopolítica. Para te ajudar a estudar essas matérias, o GUIA conversou com professores de cursinho que prepararam algumas dicas.
Se a sua base de Sociologia e Filosofia na escola não foi muito forte ou se você ainda tem dúvidas com relação aos principais temas cobrados, o primeiro passo é refazer as provas do Enem – especialmente as de 2009 para cá, que foi quando as duas matérias começaram a aparecer nas questões. O professor de Ciências Humanas do cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, ressalta que a técnica de ver os conteúdos que já foram abordados e identificar em quais há dúvidas é a mais indicada para este momento, a um mês do Exame.
“Nós não temos muito tempo até o Enem, então não adianta muito começar a pesquisar na internet sobre os filósofos pré-socráticos e toda a linha histórica que se segue. Acredito que o aluno perderá tempo, a essa altura, se tentar estudar autor por autor ou decorar conceitos. É melhor que ele refaça as provas e tire as dúvidas que teve com o professor na escola”, explica.


Filosofia

Ainda que o Enem mantenha de certa forma um caráter interdisciplinar, o exame tem se tornado cada vez mais conteudista, como explica o professor Edmilson Bello, do cursinho Maximize. Essas alterações trazem muitos reflexos no modo como a Filosofia é abordada dentro do vestibular.
“Anteriormente, mesmo que o candidato não possuísse um conhecimento específico, pela leitura e intelecção do texto do enunciado poderia encontrar a alternativa correta. Nas provas mais recentes, essa situação torna-se cada vez mais rara, embora não tenha sido totalmente abandonada. Dessa forma, é importante não só desenvolver a capacidade de intelecção de textos, mas também conhecer com um nível razoável os conteúdos mais cobrados”, diz Bello. O vocabulário utilizado nas questões de Filosofia é bastante específico, por exemplo, e por isso é preciso estar atento aos termos da área.
Os professores lembram que é comum que haja perguntas sobre formas de governo e estruturas de organização social e destacam que os autores clássicos, como Platão e Aristóteles, são os que mais aparecem nas questões, assim como os teóricos do absolutismo Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel, e do iluminismo, como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Denis Diderot.
Já entre autores contemporâneos, Alexandre Linares afirma que o Enem costuma trazer questões envolvendo Sartre, Heidegger, Michel Foucault e os filósofos da Escola de Frankfurt, como Adorno, Horkheimer, Marcuse, Habermas e Walter Benjamin, que tratam da indústria cultural e da reprodutibilidade técnica.
Sociologia
A Sociologia é um conteúdo que pode estar distribuído em várias frentes do Enem, inclusive na redação. O tema de 2015, que abordou a violência contra a mulher, é uma questão diretamente relacionada à formação social, ressalta Linares. De acordo com o professor do cursinho Maximize Caio Costa, a disciplina aparece na prova não apenas em conteúdos específicos e técnicos, mas também em questões formativas, que motivam o estudante a fazer uma análise crítica da sociedade.
Alguns conceitos básicos, como ação social e fato social são recorrentes, assim como os sociólogos clássicos: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Mas Costa destaca que a prova também costuma trazer a relação com a sociedade contemporânea “através da visão de movimentos sociais pelos cidadãos, e também da própria política e de como ela aparece na vida dos indivíduos por meio das instituições, das organizações e da cidadania”.
Para a revisão do conteúdo, o professor reconhece que os manuais de Sociologia são importantes, mas lembra que é essencial que o estudante se atente para os debates da atualidade. “O aluno precisa estar ligado no papel da mulher, no debate de gênero, que cada vez está mais presente, e também na forma como a desigualdade social afeta o cotidiano”. Uma dica é ler as notícias diárias em jornais e na internet, além de revistas mensais mais aprofundadas para perceber quais os principais problemas por trás das notícias. “A corrupção é um problema social, certo? Então, ela é tema da Sociologia”, completa Costa.
Por isso, dedique sua atenção a temas que são constantemente debatidos nos dias de hoje, como direitos humanos e de minorias, diferenças culturais, trabalho infantil e feminino, guerras, migrações e crise de refugiados.
Por Malú Damázio: Texto adaptado

Enem 2017: 15 acontecimentos essenciais para estudar atualidades

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Na reta final de estudos para a prova do Enem, que acontecerá nos dia 5 e 12 de novembro, fazer uma revisão dos principais acontecimentos geopolíticos e dos fenômenos climáticos que aconteceram neste ano é um bom caminho para estudar os temas mais importantes da prova de Ciências Humanas, além de possíveis temas que estarão presentes na hora de escrever o texto dissertativo-argumentativo.
“Observamos que há na prova muitas perguntas em que a geografia brasileira e a geografia internacional estão associadas”, afirma o professor Hugo Anselmo, do Curso Anglo. Apesar de tratar de assuntos gerais, nem pense em encarar a prova sem um estudo prévio. “A prova não é detalhista, com pegadinhas, mas ela também não é apenas uma avaliação de interpretação: quem não tiver conteúdo não conseguirá compreender”, diz Cristina Luciana do Carmo, professora de Geografia do Curso Poliedro.
Confira a seguir 15 acontecimentos que marcaram 2017 e quais suas principais consequências para a política, economia e tecnologia do planeta. 
1. Atos de Trump
Em seu primeiro ano à frente da Presidência dos EUA, Donald Trump retirou o país do Acordo de Paris, principal tratado para combater as mudanças climáticas. Em comunicado realizado no dia 1º de junho, o presidente afirmou que tomou essa decisão "para preservar os interesses dos cidadãos norte-americanos. Como os Estados Unidos são o líder em poluição de gás carbônico, a permanência do país Acordo Climático de Paris era essencial. Isso porque o tratado, assinado em 2015 afirma que as nações desenvolvidas têm maior compromisso na diminuição da emissão de carbono, além de ajudar os países mais pobres a cumprirem com as metas do documento.
Emmanuel Macron, presidente francês (Foto: Wikimedia Commons)
2. Emmanuel Macron derrota a candidata Marine Le Pen
A França, um dos berços do Iluminismo, ficou dividida nas eleições que aconteceram em maio: Marine Le Pen, candidata do partido Frente Nacional, chegou ao segundo turno com um discurso anti-imigração e de extrema-direita. Após a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016, cresceram movimentos pela Europa que defendiam o fim das políticas de globalização e uma agenda hostil a cidadãos de países subdesenvolvidos que desejassem viver nas nações europeias. O pleito também marcou a derrota dos partidos tradicionais: Emmanuel Macron, do partido Em Marcha!, tornou-se o novo presidente francês com um discurso voltado de centro.

+ Pesquisa sobre impactos negativos da imigração estava errada
Xi Jinping, presidente da China (Foto: Wikimedia Commons)
3. A nova "Rota da Seda" da China
A política de Donald Trump de "colocar a América em primeiro lugar" soou como música aos ouvidos chineses: donos do segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, o país divulgou em maio o fortalecimento um dos maiores planos de integração econômica e de geração de desenvolvimento já vistos. Xi Jinping, presidente chinês, lidera um acordo que envolve 68 países e forma um cinturão econômica para facilitar negociações comerciais. Ao menos US$ 1 trilhão já foi investido em obras de infraestrutura e em incentivos fiscais. Em outubro, o Partido Comunista Chinês reafirmou a liderança de Xi Jinping, que promete fazer da China uma líder em tecnologia e ciência até 2050. 
4. Terror na Europa
Atentados reivindicados pelo Estado Islâmico foram cometidos no Reino Unido, na Suécia, na França e na Espanha. Episódios de islamofobia proliferaram pelo continente. Logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, que atingiram o Pentágono e destruíram os edifícios do World Trade Center, o presidente norte-americano George W. Bush declarou uma campanha de "Guerra ao Terror", anunciando uma mobilização nunca antes vista para combater o terrorismo. Desde então, o mundo presenciou uma escalada de guerras, ocupações militares e investimentos em tecnologia bélica com a justificativa de combate às ações terroristas. A ameaça a populações civis, no entanto, ainda permanece. 
Destruição na cidade síria de Azaz (Foto: Wikimedia Commons)
5. Guerra civil na Síria continua 
O conflito, que dura desde 2011, ainda está longe de ter fim. Em março, o governo sírio foi acusado de utilizar armas químicas na cidade de Khan Sheikhoun: mais de 80 pessoas morreram. Apesar do Estado Islâmico ter perdido a maior parte dos territórios conquistados no Iraque e na Síria, a situação política ainda é de instabilidade. Enquanto os Estados Unidos apoiam os grupos políticos contrários ao presidente sírio Bashar Al-Assad, a Rússia defende sua permanência à frente do governo do país árabe. 
Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte (Foto: Wikimedia Commons)
6. Um conflito nuclear à vista?
Após a Coreia do Norte realizar testes com armas nucleares e mísseis balísticos, os Estados Unidos aumentaram as ameaças contra o regime de Kim Jong-un. Por enquanto, o conflito ainda não passa de trocas de bravatas entre o ditador norte-coreano e Donald Trump: analistas consideram que a estratégia de Kim é aumentar as ameaças para conseguir melhores acordos bilaterais e relaxamento dos embargos econômicos. Apesar de se auto-denominar um país socialista, a ideologia que governa a Coreia do Norte é chamada de Juche, e está ligada ao culto da personalidade do líder coreano. 

7. Tempo de furacões 
Uma sequência de furacões — Harvey, IrmaMaria e Nate — causou destruição em países do Caribe e nos Estados Unidos: Porto Rico, que é considerado um território norte-americano, foi um dos locais mais afetados pelos furacões. De acordo com cientistas, mudanças climáticas contribuíram para a fúria dessa temporada de furacões. 
8. Ataque Hacker 
Em junho, o vírus WannaCry invadiu computadores de instituições privadas e públicasde quase 150 países. No Brasil, servidores da Previdência Social foram afetados pelo ataque. A invasão ocorreu em virtude de uma falha no sistema operacional do Windows, que se tornou pública após vazamentos de informações sobre uma ferramenta sigilosa utilizada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA. Após o ataque, novos episódios de infecções em massa foram registrados em diferentes partes do mundo. 
Loja da Apple nos Estados Unidos (Foto: Wikimedia Commons)
9. iPhone completa 10 anos 
Responsável por revolucionar a indústria tecnológica e iniciar uma nova etapa na comunicação global, a Apple celebrou o aniversário de 10 anos do iPhone com uma edição especial. Entre as novidades da versão 'X' estão a falta do botão "home", que passa a ter desbloqueio através de reconhecimento facial, carregamento sem fio e os esperados animojis: emojis que imitam as expressões do usuário em tempo real.

10. O fim da Missão Cassini 
Chegou ao fim a missão da sonda que coletou informações sobre Saturno e suas luas. Foram 13 anos de descobertas no planeta mais charmoso do Sistema Solar, em uma das missões espaciais mais produtivas da história. O projeto conjunto da NASA e da ESA consistiu em dois elementos principais: a sonda Huygens e o orbitador Cassini. Lançada em 1997, a missão Cassini-Huygens revolucionou o conhecimento sobre Saturno, suas 62 luas e oito grupos de anéis.
Michel Temer viu seu governo passar por grave crise política (Foto: Agência Brasil)
11. Brasília em chamas
Em maio, a publicação de uma conversa gravada entre o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o presidente Michel Temer aprofundou a crise política entre os Três Poderes. Teve de tudo: o senador Aécio Neves (PSDB/MG), candidato derrotado às eleições presidenciais de 2014, também teve seu nome envolvido nas investigações e chegou a ser afastado de seu cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após duas denúncias conduzidas por Rodrigo Janot, ex-Procurador Geral da República, Michel Temer se safou de ser julgado pelo STF graças a votações favoráveis na Câmara dos Deputados. 
Amazônia aberta para negócios? (Foto: Agência Brasil)
12. Governo brasileiro exingue a Renca (e volta atrás)
Em agosto, decreto publicado por Michel Temer extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), área de 47 mil quilômetros quadrados localizada entre o Amapá e o Pará. A região, que tem o tamanho do estado do Espírito Santo, ficaria livre para ser explorada por empresas que realizam atividades de mineração. A sociedade civil obrigou o governo a recuar: a Justiça do Amapá declarou que a decisão promulgada por Temer era inconstitucional. Em setembro, um novo episódio da tensão crescente na Amazônia: a Fundação Nacional do Índio (Funai) denunciou um massacre cometido por garimpeiros contra uma aldeia isolada. 
13. Estado quebrado 
Sem receitas, o Rio de Janeiro enfrenta uma das piores crises de sua história, com atrasos recorrentes no pagamento de funcionários públicos e aumento da violência urbana. Parecer técnico divulgado pelo Tesouro Nacional no início de setembro recomendava que o estado do Rio de Janeiro privatizasse as universidades públicas estaduais para ajudar nas metas de equilíbrio fiscal propostas pelo Ministério da Fazenda — em ranking publicado pela revista britânica Times Higher Education, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi considerada a 13ª melhor instituição do país.
O satélite brasileiro (Foto: Divulgação)
14. Satélite verde e amarelo 
Lançado em maio, o primeiro satélite geoestacionário brasileiro será  utilizado para comunicação estratégica e ampliação da banda larga em regiões remotas do país. A  Embraer e a Telebras uniram forças para estimular o setor espacial do país e absorveram tecnologia francesa para a construção do satélite. 

15. Crise nas cadeias 
Séries de massacres e rebeliões em penitenciárias nas regiões Norte e Nordeste no início de 2017 expõem a falência do sistema carcerário do país. Em setembro de 2015, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que as prisões brasileiras descumprem preceitos fundamentais da Constituição e precisam de reformas. A população carcerária brasileira é a quarta maior do mundo, com mais de 600 mil pessoas privadas de liberdade.
Texto adaptado: Revista Galileu