quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O BBB e a educação brasileira

Está aí, de novo, mais um Big Brother Brasil. Só o fato de haver uma nova edição dessa coisa sofrível que chamam de reality show, já é um retrocesso. São mais de dez edições atestando que, realmente, uma boa parte dos brasileiros faz questão de se revelar um povo subdesenvolvido, praticamente sem cultura nenhuma, ao absorver um programa de tão baixa qualidade. Felizmente, há quem saiba escolher e opte por um programa não tão ruim da televisão, ou pela leitura de um livro, um bom filme, boa música, uma boa peça de teatro.
Em outros países a moda até passou, mas no Brasil, não. Há até quem assine um canal TV paga que mostra a “atividade” na casa vinte e quatro horas por dia. E são milhares de assinantes. 
O tal Big Brother não tem nenhum ponto positivo, e a cada edição fica pior. As piores qualidades dos participantes do tal show são valorizadas para dar mais “ibope”. Vale tudo: baixaria, mau caráter de uns e outros, até sexo. Numa das últimas edições, no entanto, não foi apenas sexo: um dos moradores da casa teria estuprado uma moradora, embaixo do edredom. Virou escândalo nacional e acabou exacerbando a curiosidade, e até aqueles que não viam o malfadado programa acabaram dando uma “espiada”.
O brasileiro precisa analisar melhor o que anda consumindo, precisa escolher melhor o seu tipo de lazer. Há que saber escolher o que ver na TV, há que se ler um bom livro, de vez em quando estudar mais, fazer cursos para se encaixar melhor no mercado de trabalho e melhorar a renda. Precisamos gerenciar melhor o nosso tempo. Precisamos elevar o nosso nível de cultura. E não venham, por favor, me dizer que “não podemos fazer tudo isso porque somos pobres”. Sempre podemos aprender mais.
Precisamos, mais que tudo, que a qualidade da educação brasileira seja resgatada, para que coisas como esse BBB não faça todo esse sucesso em nosso país.
Felizmente há quem abomine o tal BBB, e esperamos que esta seja, finalmente, a última edição.
 Luiz Carlos Amorim é escritor.

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