segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Novela tem que ser educativa? Dê a sua opinião

Muitos perguntam e comentam se as novelas em geral deveriam ter um papel educativo. Essa questão ficou ainda mais acirrada com as aventuras de Félix  (Mateus Solano – excelente!) e companhia na novela Amor à Vida, de Walcyr Carrasco, que terminara de ser exibida na Rede Globo de Televisão.
Os exemplos de mal feitos e crimes são vários e podemos citar alguns: 
Jogar a sobrinha  na caçamba (Félix); Mandar (e ser obedecido) provocar um acidente com Atilio (Félix e Maciel); Desvio de dinheiro do hospital (Félix e Cesar); Alteração/Subtração de prontuários médicos (Dra Amarylis e Dra Glauce ); Golpe pra ganhar herança (Leila e Thales); Incêndio criminoso (Leila); Sequestro de Paulinha (Ninho); Manipulação de óvulos em barriga de aluguel ( Amarylis); Superavaliação de imovel (Amarylis); Assassinato de Mariah  (Aline  e Ninho); Desvio de dinheiro e bens inclusive para o exterior (Aline); Golpe para ser promovido no hospital (Dr. Jacques); Tentativa de homicídio da enfermeira Ciça (Ninho e Aline); Golpe da barriga e outros (Valdirene).
E mais bigamia, adultério, estelionato, chantagem...  
Em contra-posição, o autor enfrentou diversos preconceitos e provocou questões interessantes:
Menina autista pode namorar? Casal gay pode adotar e ser pai (s) de uma criança gerada em barriga solidária? Um gay solteiro pode adotar um menino (destacando que o garoto é negro e já crescido) Três preconceitos encarados de uma só vez. Um casal de idosos pode se amar e fazer sexo? Mulheres mais velhas combinam com homens mais novos? Mulheres mais novas podem ter interesse real por homens mais velhos? Mulheres ricas podem namorar um empregado? Enfermeiras podem pegar AIDS? Umas ex-prostituta pode ganhar  a vida honestamente e ser mãe, avó e amiga extremada? Mulher gorda pode ser amada? Um criminoso confesso e aético pode se regenerar e virar um cidadão, pai, filho, marido e amigo exemplar?
Quantos de nós já tínhamos em algum momento enfrentado essas questões? Esse enfrentamento não é um aprendizado? Quando você confronta ações boas e más e chega às suas próprias conclusões, isso não é aprender? E se essas provocações o fizeram discutir,  debater e chegar a novas conclusões sobre esses assuntos (alguns proibidos)?
Compilando as ações criminosas (ou quase) e os preconceitos e causas defendidas e enfrentadas, a conclusão que chego é, sim, uma novela pode ser provocativa, interessante e ao mesmo tempo, educativa. Porque não?
Afinal, somos ou não seres pensantes?

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